LOS ANGELES – Ele surgiu em 2000, como o certinho Dean Forrester, de “Gilmore girls”. Mas, depois disso, o boa-pinta Jared Padalecki se notabilizou por papéis em produções de terror, como “A casa de cera”, “Cry wolf – jogo de mentiras”, ambos de 2005, e a série “Supernatural” (Warner). O mocinho de “Sexta-feira 13” é o papel de maior destaque desse ator de 26 anos nascido no Texas.

O GLOBO: O primeiro “Sexta-feira 13” foi lançado antes de você nascer. Este é a 12 produção da série. Qual sua motivação para fazer o filme?

JARED PADALECKI: Vi alguns dos primeiros quando criança, mas não sabia que a série era mais velha que eu. Legal fazer parte dessa história. Várias coisas me motivaram. Adorei o remake de “Massacre da serra elétrica” (feito pelos mesmos produtores e diretor) e achei o roteiro do filme muito bom. É sedutor, engraçado e assustador.

Como foi seu primeiro contato com Jason no set?

JARED: Cheguei ao Texas depois dos outros, após finalizar a terceira temporada de “Supernatural”. Quando pisei no set, vi Derek (Mears) com a máscara, andando em meio às arvores. Arregalei os olhos e pensei “sensacional”. Foi aí que o filme começou para mim.

Seu personagem não enfrenta Jason, está sempre fugindo. Você quis assim?

JARED: Eu malhei pesado antes das gravações. Não queria o Clay como um boneco nas mãos do Jason. Mas daí a enfrentá-lo… Se você vê um cara gigante com um machado, carregando corpos por aí, não vai brigar com ele. Eu quis fazer um personagem real.

Você tem feito muitas produções de terror. Por quê?

JARED: É, sou visto como ator de horror. Acho que gostam da minha cara de assustado (risos). Na verdade, isso acontece porque Hollywood tem feito muito terror. E não estou num ponto da carreira em que posso escolher roteiros. Não sou o George Clooney. Tenho que fazer o que aparece.

Você tem medo da opinião dos fãs de “Sexta-feira 13”?

JARED: Durante as filmagens, entrei em fóruns na internet para ler o que diziam e vi muita gente criticando algo que nem estava pronto. Então aceitei que, na minha carreira, muita gente vai gostar de mim sem motivo, mas muita gente não vai gostar, também sem motivo. Eu só tenho que me preocupar em atuar.

Você é um dos poucos no filme que não faz cena de beijo ou de sexo. Por quê?

JARED: Numa das versões do roteiro, o meu personagem e Jenna (Danielle Panabacker) se beijavam, mas achamos caído. Os dois tinham acabado de se conhecer e viram tanta gente morta. Seria gratuito… Eu não quero parecer canastrão. Além disso, num “Sexta-feira 13”, você sabe que alguém vai morrer assim que aparece fazendo sexo.

Você também se recusou a tirar a camisa no filme. Ser umsex simbolincomoda?

JARED: É fácil para um cara como eu fazer personagem charmoso. Branquear dentes, fazer cabelo… Mas ser o galãzinho é muito chato. Você ganha frases bonitas para dizer, mas é tão brega… Gosto de atitude. Neste filme, só queria ser um herói clássico, que faz o certo, como Humphrey Bogart. Não queria mostrar o corpo sem motivo. A equipe se preocupou com isso. Não é para ganhar o Oscar, mas não precisamos ser toscos.