(Atualizado) EW lança edição especial de SPNT!

Em comemoração ao 300º episódio de Supernatural (que vai ao ar na CW no dia 7 de Fevereiro), que contará com participação especial do ator Jeffrey Dean Morgan (John Winchester), a Entertainment Weekly está lançando nesta sexta-feira (18) uma edição especial com quatro capas diferentes para os fãs colecionarem: Jared Padalecki, Misha Collins, Jensen Ackles e uma especial com Jared, Jensen, Samantha Smith e Jeffrey Dean Morgan. Elas podem ser adquiridas clicando aqui (em dólares).

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A EW divulgou hoje também com exclusividades as primeiras fotos do episódio 300 “Lebanon”. Confira:

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O artigo abaixo foi traduzido por Rebeca Almeida, especialmente para o JPBR. Por favor, não reproduza sem os devidos créditos a este site!

(Artigo original em inglês no site da EW, publicado em 16/01/2019).

“HORA DA REUNIÃO”
Jared Padalecki está fazendo um anúncio. Está no começo de dezembro, e ele e a co-estrela de Supernatural, Jensen Ackles, estão se preparando para seus dois últimos dias de filmagem do 300º episódio (7 de fevereiro) como os irmãos caçadores de demônios Sam e Dean Winchester, respectivamente. Enquanto eles andam pelo set dos Homens de Letras em uma quinta-feira chuvosa, eles ficam cara a cara com Jeffrey Dean Morgan, um amigo pessoal e o homem que trouxe John Winchester à vida no episódio piloto da série (e deixou a série após a segunda temporada). “É a culminação de 300 episódios”, diz Padalecki sobre o retorno de Morgan. Afinal, o desaparecimento de John foi o que deu o pontapé inicial na jornada dos irmãos.

“O PAPAI ESTÁ CAÇANDO, E NÃO APARECE EM CASA HÁ DIAS”
De pé no apartamento colegial de seu irmão mais novo, Dean Winchester disse essas palavras pela primeira vez no episódio piloto, e fazendo isso, lançou o primeiro mistério de Supernatural, e dos irmãos. “Eu tive uma boa sensação sobre a série só lendo o piloto”, diz Ackles. “Tinha consistência, os personagens eram bem escritos e a estória tinha muitos quilômetros pela frente”. Embora ele não pudesse prever quantos quilômetros a jornada teria.
Supernatural estreou na The WB em 2005 e desde então se tornou a mais longa série em andamento na história do canal The CW. A ideia era simples: dois irmãos caçando monstros de lendas urbanas, o tipo de coisa da qual você escuta sentado ao redor de uma fogueira de acampamento. Bloody Mary? Eles a mataram. Homem-Gancho? Sim, ele também. Mas não demorou muito para os roteiristas entenderam que eles teriam que ampliar um pouco mais a finalidade da série se eles quisessem mais de 20 episódios (ainda mais 300). “Nós rapidamente percebemos que aquela ideia não duraria muito, então mesmo lá no começo nós expandimos nossos horizontes no que a série poderia ser”, diz o produtor executivo/co-showrunner Robert Singer. Mas até onde eles poderiam ir com isso? E eles teriam pelo menos uma chance?
Apesar de ter sobrevivido a fusão da WB com a UNP que criou a CW, levou anos até que Supernatural pousasse em terra firme. “Bob Singer e eu lutamos pela sobrevivência da série nos finais das primeiras três temporadas”, diz o criador Eric Kripke. “Nós teríamos uma reunião que nós chamávamos informalmente de a ‘reunião de explique-porque-nós-deveríamos-te-dar-outra-temporada’.”. E mesmo assim tinha algo sobre aquelas condições que pareciam certas para uma série sobre dois humanos tentando salvar o mundo de forças sobre-humanas. Como o Dean disse recentemente em um episódio da 14ª temporada, “chances impossíveis, me sinto em casa”. Mas a terra de chances impossíveis não é simplesmente onde a série (e os Winchesters) viveram naqueles primeiros anos. É onde eles prosperaram. “No começo nós queríamos quase maliciosamente ver com o que nós conseguiríamos nos safar”, diz Kripke. “Não tinham muitas séries de gênero na The CW. Era no geral Gossip Girl e 90210. Nós éramos como o garoto gótico no fundo da sala que ninguém realmente queria prestar atenção. Então nessa pequena e estranha série de horror, nós realmente tivemos que ultrapassar algumas barreiras que ainda não tinham sido tentadas na TV. Não tinha ninguém dizendo ‘isso é muito louco’”. Então eles assumiram riscos. Eles escreveram um episódio no estilo de Feitiço do Tempo chamado “Mistery Spot” que teve o Dean morrendo mais de 100 vezes em uma hora. Eles criaram “Hollywood Babylon”, um episódio em que Sam e Dean investigam um set de filme de terror mal-assombrado. Eles produziram “Ghostfacers”, um episódio gravado para parecer um reality show sobre caça fantasmas. “Nós sempre estivemos um pouco com os nervos à flor da pele, mas isso nos ajudou de alguma forma”, diz Singer. “Nós dissemos ‘Se eles não gostarem da gente, vamos ser corajosos’.”. E na 4ª temporada, eles fizeram provavelmente sua maior, mais audaciosa decisão até então: Eles introduziram anjos (e por assim sendo, uma storyline muito mais religiosa), o que Singer identificou como o maior ponto de inflexão da série. “Eu estava preocupado que isso seria um pouco longe demais”, Padalecki disse sobre a decisão angelical. “Eu me perguntei ‘Nós vamos decepcionar várias das pessoas que vieram aqui para assistir um filme assustador?’”. Até mesmo Kripke lutou com a ideia por anos, até que uma epifania de pré-temporada o ocorreu enquanto ele lavava o rosto, de todas as coisas. “Eu percebi que o mundo sobrenatural estava desequilibrado,” diz Kripke. “Só tinha mal. Então eu entrei na sala dos roteiristas no primeiro dia da 4ª temporada e disse ‘Tudo bem, vai ter anjos, mas eles vão ser babacas!’”
E assim começou o que Kripke, que criou Revolution e co-criou Timeless, ainda acredita que é uma das melhoras horas de televisão que ele já escreveu: a estreia da 4ª temporada. “Lazarus Rising” introduziu Castiel, o primeiro e o mais duradouro anjo. “Bem antes da minha cena, [a então roteirista] Sera [Gamble] disse ‘Sua vida está prestes a mudar’” relembra Misha Collins, que interpreta Castiel. Ele adiciona com uma risada, “Eu estava tipo ‘Você se acha tanto’”. Mas a vida de Collins fez exatamente isso quando ele mudou de uma estrela convidada para personagem regular enquanto seu personagem sobreviveu a várias mortes – e até uma breve restrição como Deus – para se tornar alguém que Sam e Dean consideram família. “Anjos completaram a mitologia”, diz Kripke, e com eles, a série foi capaz de construir o que a showrunner Gamble refere-se como “apocalipse regularmente agendado” no final da 5ª temporada. Era bem versus mal. Miguel versus Lúcifer. Dean versus Sam. E por um tempo, todo mundo acreditou que era o fim da série. Mas quando o canal os deu uma renovação para a 6ª temporada, os roteiristas tiveram que pensar no que vem depois de um apocalipse. A resposta? O que eles quiserem.
“Um benefício do gênero é que nós temos um campo tão grande em termos de ‘qualquer coisa pode acontecer’”, diz o co-showrunner Andrew Dabb. “Uma série sobre médicos tem limites na margem do que eles podem fazer. Nós não temos”. Então nas próximas temporadas Supernatural foi ainda mais além da fronteira, com realidades alternativas, episódios meta (“The French Mistake”, alguém?), e novos vilões. Isso não significa que tudo funcionou, mas essa é a beleza de uma longa série em andamento com uma audiência devotada – nem tudo precisa funcionar. “Os fãs perdoam alguns erros em certos episódios porque eles amam assistir Sam e Dean”. Porque dizer que os fãs de Supernatural gostam de Supernatural é como dizer que o Dean gosta de torta. Não é sobre gostar. É sobre amar. “Eu não acho que nós temos fãs casuais”, diz Singer. “Eles vivem e respiram essa série”. A #SPNFamily se reúne ao redor do país inteiro (e do mundo) para múltiplas convenções todo ano, e em todo julho eles são o maior público, Sala H, na Comic-Com de San Diego. São esses fãs que são leais ao Sam e o Dean, mesmo quando o Impala faz uma curva errada. “A habilidade da série de desenvolver e se adaptar é o que a levou a durar 14 anos”, adicionou Dabb, “Teoricamente, ainda há vários Leviatãs soltos por aí que nós não lidamos, mas nós não falamos sobre isso”.
Pondo de lado as opções ilimitadas e o perdão dos fãs, tem uma regra que a série deve seguir – além dos critérios e práticas. “Eu dou os créditos para Bob Singer por instilar desde o começo na ideia de que a série pode seguir qualquer direção desde que os personagens continuem fiéis a si mesmos”, diz o ex-showrunner Jeremy Carver. “O núcleo da série é a ligação entre os irmãos”. Com Sam e Dean como sua fundação, a série pode fazer episódios como “Baby” da 11ª temporada, que foi gravado inteiramente na perspectiva do Impala, ou “Scoobynatural” da 13ª temporada, um crossover animado com Scooby-Doo e sua turma. “Uma das coisas divertidas em Supernatural é que se você pode imaginar algo, provavelmente tem uma pequena cidade em algum lugar da América onde isso está acontecendo”, diz Gamble. “É diferente de qualquer outra série na história da televisão americana”. E com 14 temporadas, ainda acha jeitos de surpreender os fãs, como por exemplo, trazendo John Winchester de volta.

“PAI?”
De pé ao lado de seu irmão caçula no bunker dos Homens de Letras, Dean não consegue acreditar no que está vendo. Dessa vez ele não está se juntando ao seu irmão em busca do pai, porque o pai foi até eles. E ele não mudou muita coisa. Sua barba está um pouco mais grisalha e o rosto está um pouco mais fino, mas não é surpresa pra ninguém que John volta com um rifle na mão. (Desculpa, fãs de The Walking Dead, o rifle veio antes de Lucille.) Mas John não é o único que mudou. Em frente dele, Sam e Dean não mais as crianças que prenderam soldadinhos de brinquedo no cinzeiro do Impala, ou até mesmo jovens rapazes que vieram procurando por ele no episódio piloto. Eles cresceram. A vida deles, meio simples, mudou. O mesmo pode ser dito sobre os atores. De fato, Ackles é atualmente dois anos mais velho do que Morgan quando o primeiro episódio foi filmado. “Isso é o quanto o círculo está completo”, diz Morgan. “Como um pai teria, eu tenho muito orgulho dos rapazes. Me emociona porque eles foram tão bem até aqui. Episódio 300? Isso é inédito”.
E sobre como o John volta, vamos dizer somente que as coisas ficam estranhas – e não ficam sempre? – e tem uma realidade alternativa no jogo. “Nossos caras são colocados em uma posição onde eles essencialmente podem ter um desejo concedido”, diz Dabb. “Na verdade, eles estão esperando outra coisa, mas [o retorno do John] vem de um desejo do Dean. A necessidade de um encerramento é o que realmente traz John de volta na vida deles”. Mas John não é a única pessoa que está de volta na vida deles. Como em qualquer realidade alternativa, nem tudo muda para o melhor. Sem dar muitos detalhes, o quer que causa o retorno de John também causa o retorno de Zachariah (Kurt Fuller), o anjo sem rodeios que viu Sam e Dean como nada além de espinhos em seu caminho. (Como disse Kripke, anjos são babacas!) Falando em anjos, essa realidade também afeta Castiel em… certas maneiras. Dessa vez os rapazes estão lidando com uma versão diferente (embora não totalmente desconhecida) do seu amigo.
Mas para Morgan, que foi pedido por anos para retornar, sempre foi sobre trazer John de volta da maneira certa. “A relação entre esses três homens era tão aberta, então se for pra voltar, seria bom ter um encerramento, especialmente com o Sammy”, diz Morgan. E antes que a hora acabe, os dois rapazes terão um tempo sozinho com o pai. “Esse episódio dá a Sam uma chance de perdoar”, diz Padalecki. Ackles adiciona, “Para o Dean, o episódio inteiro é como um sonho do qual ele não quer acordar. Mas ele sabe que deve”.
De volta à cozinha do bunker onde Padalecki declarou “hora da reunião” há horas atrás, Sam e Dean estão sentados ao redor de uma mesa dividindo uma garrafa de whiskey com seu pai e o atualizando de todas as coisas que ele perdeu. Sim, eles salvaram o mundo (mais de uma vez). Sim, Lúcifer tem um filho. Mas o mais importante, a esposa de John, Mary – a mulher que ele passou a vida tentando vingar – está viva. Bem ali, Mary aparece para o momento que ela nunca imaginou, mas de uma maneira estranha, sempre esteve esperando. “Tudo está correto no mundo nessa pequena bolha de tempo”, Samantha Smith, que interpreta Mary, diz sobre a reunião do casal. “É bem romântico”.
Mas como os Winchesters sabem bem até demais, todas as coisas boas precisam de um final. E quando isso está dito e feito, Sam e Dean retornarão para a vida deles, dirigindo próximos um ao outro. Porque apesar da série atingir 300 episódios, ninguém está pronto pra encerrar ainda. “Eu não acho que nós estamos prontos para jogar a toalha”, diz Ackles. “Nós ainda temos um pouco de gasolina no tanque”. Em outras palavras, Sam e Dean ainda têm trabalho a fazer.

Atualizado: 25/01/2019 – 14:00

Bastidores do ensaio fotográfico:

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