Elenco fala sobre a 14ª Temporada, 300º Episódio e o Legado de Quebra de Recordes da Série

• Entrevista feita pelo site Collider. Originalmente publicado em 29/11/2018.
• Tradução por Rebeca Almeida exclusivamente para este site. Por favor, não reproduza sem os devidos créditos.

Foto: Mark Pellegrino, Jensen Ackles, Jared Padalecki, Alex Calvert e Misha Collins na festa para celebrar os 300 episódios de Supernatural, no dia 16 de Novembro de 2018.

A Collider estava em Vancouver recentemente para comparecer à celebração do tapete vermelho do 300º episódio que está por vir, e os membros do elenco tiraram alguns momentos para falar sobre o que faz a série tão especial. Aviso: há alguns pequenos spoilers do episódio do dia 29 de novembro, “Unhuman Nature,” em alguns dos comentários.

Primeiros: Jared Padalecki e Jensen Ackles (Sam e Dean Winchester).

Collider: Sobre trazer personagens de volta criando o arco da história do Mundo Apocalíptico, isso te emociona como ator interpretar com versões diferentes do Bobby, sua mãe, Charlie e outros?

JARED PADALECKI: Uma das coisas que nós podemos fazer em Supernatural, um dos motivos pelo qual dura tanto tempo, é que nós temos um relacionamento com os roteiristas e produtores e diretores e o nosso fandom que nós podemos fazer essas coisas tão loucas. Nós podemos falar tipo, “Ei, nós queremos nossa mãe de volta, então vamos criar um mundo apocalíptico,” e trazê-la de volta e imaginar o que aconteceria. Você sabe, o lugar com esses sonhos ironicamente muito, muito reais. O que aconteceria se eles voltassem, quais seriam as emoções com uma experiência assim? Então, para mim como ator, você realmente tem algo para te manter envolvido. E eu tenho falado com alguns atores, alguns amigos, que fizeram séries longas. Eu estive em uma série longa antes dessa e eu conheci atores que fizeram séries parecidas e eu percebi que talvez eu pare de ter a chance de malhar, flexionar meus músculos, para ver se eu sei atuar, para fazer algo diferente. Então, esse certamente nunca foi o caso com Supernatural.

Collider: Jack humano é basicamente o Castiel 2.0?

PADALECKI: Eu gosto de provocar ele dizendo que sim. Sim, ele é engraçado porque ele está ali agora e é engraçado porque nós provocamos ele tipo, “você poderia ser filho do Misha!”.

Collider: Na série, vocês têm os elementos assustadores, vocês têm os momentos engraçados, mas vocês também têm os momentos que tocam o coração, como quando o Dean ensina o Jack a dirigir no episódio mais recente. Essas são as coisas que vocês fazem tão bem porque é tudo sobre o os relacionamentos humanos básicos dos personagens.

PADALECKI: Essa é a ironia. A justaposição é meio que o que faz a série funcionar, nisso nós tentamos basear em aspectos muito humanos, certo? E então, nós vemos o filho de Lúcifer e filho de uma mãe humana falando com Dean, que é com todas as intenções e propósitos, um humano, e eles fazem isso fazer sentido. Eles fazem parecer muito real e muito pessoal. Então esse é outro motivo de a série ter durado tanto.

Collider: Uma coisa que mexeu comigo no último episódio foi o Dean ensinando Jack a dirigir, o que me fez ter alguns flashbacks. Parece que Baby é um critério para o Dean, tanto quanto ele se abrindo, mostrando um lado mais suave, como quando o Dean ensinou o Sam a consertar o carro e como Dean e seu pai se ligaram ao carro. Qual é a relação ali? É porque o Dean está em um lugar seguro com a Baby e isso o permite derrubar algumas paredes e mostrar a todos o verdadeiro Dean?

JENSEN ACKLES: É quase como se você quisesse fazer disso um cenário infantil, isso seria o cobertor dele. É o dispositivo seguro dele quando as coisas dão errado, e você vai ver no episódio que acabamos de filmar, as coisas estão começando a dar errado para o Dean e ele se levanta e diz, “Eu preciso sair para dirigir”, e Sam diz, “Bem, deixe-me pegar minhas coisas. Eu vou com você.” “Não, eu só preciso de mim e da minha Baby e uma longa estrada.” Então eu acho que é um critério para o Dean. É uma entidade que eu acho que é um lugar seguro para ele. Então, quando ele tenta oferecer reconciliação para o Jack, tem uma reconciliação indescritível que ele pode oferecer que é “vamos sair para dirigir”.

Collider: 14 temporadas. O que há com Supernatural que ressoa com os fãs e faz a série ser tão especial?

ACKLES: Quer dizer, é uma variedade de coisas. Eu acho que começa com a relação entre os irmãos. Eu acho que isso é a alma da série. Mas eu também acho que é esse mundo louco em que eles vivem: esse faroeste de anjos e demônios lutando essa luta inacreditável onde eles estão contra todas as probabilidades, onde nenhum humano teria nenhuma chance, mesmo assim eles de alguma forma acham uma chance. E eu acho que isso ressoa com a audiência porque eu ouvi isso em vários feedbacks que eu recebi, “quando eu precisava de um escape eu assisti Supernatural, quando eu estava doente, ou quando perdi minha mãe, ou quando eu estava passando por um momento difícil, foram os irmãos que me deram forças pra continuar lutando, e foi a história deles que me inspiraram a continuar lutando”. E eu acho que essa resiliência, quem esses dois são juntos, é uma das coisas das quais as pessoas realmente se apegam, e eu tenho orgulho disso.

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Em seguida, nós temos Misha Collins, que interpreta o irmão de outra mãe de Sam e Dean, o anjo Castiel. Aqui ele fala sobre a relação dele com o Jack, o filho de Lúcifer (Mark Pellegrino) e uma mãe humana.

Collider: Desde que Jack perdeu os poderes e é essencialmente mortal, muitas de suas experiências o fazem parecer muito com Castiel 2.0 porque ele está passando pelas mesmas coisas que o seu personagem passou, como o episódio em que ele está caçando pela primeira vez com o Dean. Eles têm um toque cômico muito similar.

MISHA COLLINS: Eu acho que tem sido uma oportunidade de me interpretar com um papel de mentor para o Jack. Eu passei por isso, eu posso ensiná-lo. Cas é literalmente o único no universo que sabe pelo o que Jack está passando, o único que está em posição de o guiar através disso. Então, acho que o Cas recebe bem a responsabilidade.

Collider: Quantos sobretudos você acha que usou durante a série até agora?

COLLINS: 50? Sim, 50 soa como um bom número.

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Em seguida, temos Mark Pellegrino, que atua como o deliciosamente cruel Lúcifer. Ele dá seu ponto de vista no personagem, assim como as dificuldades de seu perturbado receptáculo humano, Nick, nessa temporada.

Collider: Você pode nos falar sobre o seu processo de pensamento para o papel? Você disse antes que ele é supostamente o cara mais cruel do planeta, mas o que eu gosto sobre a sua performance é o aspecto impetuoso de Lúcifer que é quase sempre na vanguarda. Isso é algo dos roteiristas ou é algo que você estava procurando fazer para o seu papel de um personagem tão icônico?

MARK PELLEGRINO: Eu acho que é algo dos roteiristas porque meio que estava lá no começo. Ele tinha meio que um senso de humor astuto, seco e tudo o mais. Mesmo as coisas mais horríveis eram menosprezadas e isso meio que era o senso de humor de Lúcifer, que se tornou um pouco mais pronunciado nos episódios onde ele se tornou um personagem imaginário na cabeça do Sam. Então isso é algo do roteiro que os roteiristas colocaram lá e fizeram as sugestões através do diálogo que eu atuava, e eu meio que experimento tudo e vou descobrindo o que funciona e faz sentido. Então, é algo dos roteiristas e também é tentativa e erro.

Collider: Nick, o lado humano do seu personagem, está muito perdido agora. O fato de que ele está chamando Lúcifer para habitar seu corpo novamente, isso é só desespero ou ele é um viciado que almeja ser possuído?

PELLEGRINO: Eu acho que é isso. Eu acho que você descobrindo algo bem aí. Eu acho que no processo de vingança ele descobriu que fazer coisas ruim realmente o agradam. Faz algo diferente com ele do que ele achou que faria e isso o faz lembrar daquele tempo em que ele não tinha leis, nem regras o prendendo e isso foi muito libertador. Então eu acho que ele quer esse poder de volta.

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E finalmente, Alexander Calvert fala sobre o que Jack está passando, e o que o futuro aguarda para seu personagem.

Collider: No arco do seu personagem, você vai de um dos seres mais poderosos do universo para alguém que está basicamente de volta para um quase estado infantil onde você precisa aprender tudo sobre o mundo ao seu redor. Isso é uma boa extensão para você como um ator?

ALEXANDER CALVERT: Sim, quer dizer, o que eu gosto sobre a série é que quase tudo é possível, certo? Então, qualquer coisa que os roteiristas jogam pra você, é meio que o que você tem que lidar. Então, para mim ser o ser mais poderoso, aprender a lidar com esse poder, e então o perder é bem divertido para mim.

Collider: No final do episódio mais recente, Jack desmoronou de uma forma muito ruim. De onde ele vai daí? Você tem uma preview?

CALVERT: É, eu estou basicamente chamando da primeira e última jornada divertida do Jack. Então, eu tento fazer as coisas que ele nunca teve a chance de fazer e ele tenta expressar isso nos próximos episódios.

Supernatural vai ao ar às quintas no canal CW.

• Tradução por Rebeca Almeida exclusivamente para este site. Por favor, não reproduza sem os devidos créditos.

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